segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O 'Showman'

Leonardo Quintão (PMDB-MG) é, indubitavelmente, a grande surpresa dessa campanha. Apesar do tom populista que empregou, foi dessa maneira que chamou a atenção do eleitorado de BH na reta final e combinado a uma certa desaprovação à figura de Márcio Lacerda (PSB) em meio à um acordão que tentou misturar água e óleo (leia-se tucanos e petistas) em detrimento do humor de cada partido e de sua base.
Nesse espectro, o belo-horizontino escolheu Quintão que crescera 30 pontos percentuais nos últimos 15 dias de campanha e à tiracolo largou com mais 20 de vantagem no embate do 2º turno. Articulado, desenvolto, jovial e hiperativo; Quintão dava declarações que traduziam este espírito e que, observando atentamente, ultrapassava o tom ideal. Declarava que era muito melhor que o adversário e fazia brincadeiras a todo instante. Fruto do momento de apoteose? Não. Estas atitudes, como veremos a seguir, é peculiar à sua personalidade mesmo, como veremos no vídeo a seguir.



O chavão "A diferença entre o remédio e o veneno é a dose" é inconteste. Logo, esta dose deve ser bem manipulada. Não tenho meios de acompanhar de perto o dia-a-dia da eleição da capital mineira mas acredito piamente que se não for moderado este "malabarismo performático" do Quintão, o cenário poderá se reverter. A resultante disso tudo, no meu palpite, será o acirramento da campanha nessa reta final com o vencedor triunfando com uma margem pequena em termos percentuais. Apesar de tudo, ainda acredito que dará Quintão mas que, por esses excessos, perdeu a oportunidade de trucidar o adversário.

Um comentário:

ANDRÉ REIS disse...

Essa irreverencia, por assim dizer, do candidato pode ser utilizada contra ele mesmo como foi dito. ser jovial eu vejo como uma coisa positiva no cenario politico de hoje aonde as pessoas estão cansadas das velhas caras e maneiras de fazer politica. Mais tudo tem limite!